quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Carlos Munhoz : uma lenda da culinária gaúcha no extremo sul

Munhoz na Expofeira 2010 de Santa Vitória- foto Antônio Neri

Conhecido como expoente da culinária gaúcha, Carlos Alfredo Munhoz é um cozinheiro de “mão cheia” e sua fama hoje é internacional, isso graças a suas habilidades em preparar os inigualáveis churrasco, carreteiro e feijão mexido, comidas típicas do Rio Grande do Sul.

Natural de Santa Vitória do Palmar, extremo sul do Brasil, Munhoz começou a trabalhar aos oito anos, acordava às 4h da manhã para vender pastel, nessa época vivia no lado uruguaio, na fronteira Chui/Chuy. Filho de pai tropeiro e mãe parteira de campanha , esse exímio assador, antes de ganhar o mundo , vendeu hortaliças de porta em porta, trabalhou como garçom, balconista, porteiro, entre outras profissões. Mas foi como ecônomo do Centro de Tradições Gaúchas de Santa Vitória do Palmar que sua habilidades de cozinheiro foram transpondo os limites de seu município.

No currículo de Munhoz estão muitos eventos por todo o Brasil e exterior, como os famosos carreteiros da Expointer e dos 150 anos de Santa Vitória, servidos para mais de 15 mil pessoas, e em Brasília para 25 mil pessoas, além da festa de comemoração dos 500 anos do Brasil, na embaixada em Londres, onde ganhou fama internacional assando churrasco.

Sempre vestido com a indumentária gaúcha, Munhoz leva além fronteiras o nome de Santa Vitória do Palmar. Quando perguntado sobre o segredo do seu churrasco . “ Trabalhar com amor é a receita, sempre com profissionalismo e seriedade”, enfatiza. A confiança que é depositada em seu trabalho é motivo de orgulho para Munhoz que recentemente assou um grande churrasco em um evento em Gramado. Quando ressalta o “ deixa que o Munhoz se encarrega de tudo”, esse gaudério do extremo sul não esconde a modéstia e está sempre desafiando a superação em cada comida que prepara.

Em Santa Vitória ele é proprietário de uma chácara e do “Rancho da Amizade”, local onde recebe amigos para churrasquear e para a realização eventos, como casamentos, aniversários, seminários e palestras. Com uma lista de amigos que vai desde autoridades a artistas famosos, Munhoz mostra com orgulho a galeria de fotos que tirou com diversas celebridades e se emociona quando é chamado de “megachurrasqueiro” pela arte de cozinhar bem.

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Colecionar: o fascínio da descoberta


O que muitas pessoas enxergam como quinquilharias e objetos rotineiros, outras vislumbram como verdadeiros tesouros. Eles vão desde relógios, moedas, livros, canetas, latas de cerveja e refrigerante, até automóveis de verdade. Não se sabe o período certo de quando o ser humano começou a colecionar objetos. A teoria mais aceita é que tenha começado com objeto que os homens pré-históricos poderiam utilizar mais tarde. Essa apaixonante mania pode ficar anônima ou ser exposta, mas o que importa realmente, é esse fascínio que exerce para quem resolve ser colecionador.
Meu convívio com coleções começou ainda pequena, lembro da coleção de miniaturas de bebidas que meus pais tinham e que acabou caindo nas minhas mãos e se perdendo com o tempo. Outra lembrança que não sai da minha mente é a coleção de chaveiros do seu Norton Rilho (o chefe da Exatoria Estadual) . Lembro quando entrava no o prédio da Exatoria e contemplava aqueles quadros imensos, cheios de chaveiros dos mais diversos tipos. Ficava pensando como era o momento de aquisição de cada peça, certamente elas tinha uma história diferente.
Até ensaiei algumas coleções, como de tampinhas, de papel de carta, entre outras. Hoje nos fins de semana, quando estou na praia, observo na casa que alugo, uma coleção de latinhas de cerveja e refrigerante juntadas por César Lima. Em seguida fico pensamento novamente naquela idéia de como deve ter sido prazeroso juntar todas aquelas latas. Outra coleção interessante é a do meu irmão Goianaz, que é fissurado pela série do cinema Star Wars (Guerra nas Estrelas). Ele sabe tudo sobre o filme e seus personagens, pois além de colecionar as miniaturas, adquiriu até o livro que conta como foi a produção do filme.
Uma das coleções mais fascinantes deve ser a de livros, com bibliotecas cheias de conhecimentos, num mundo mágico a ser explorado. Uma coleção também pode servir como motivação em diferentes etapas de desenvolvimento das crianças, como explica a bibliotecária e consultora da TV Futura, Graça Fragoso, em seu artigo sobre colecionadores. Ela ressalta que o colecionador se concentra em um tipo preciso de objeto e o recolhe sistematicamente , podendo-se dizer que há um critério estabelecido, pois esses objetos são colocados a frente de todos os outros. Para A bibliotecária, nesse momento entra o papel do educador na estruturação para auxiliar na afirmação de critérios. A partir daí, uma série de atividades podem ser desenvolvidas tendo como alvo as coleções das crianças.
Os amantes desse hobby defendem que o colecionismo traz benefícios, pois produzem um sentido lúdico, que atua sobre a memória e também auxiliam no desenvolvimento da inteligência e do raciocínio. Do mais simples até o mais luxuoso e caro objeto de coleção, o importante é a motivação que impulsiona para uma atividade saudável que resulta na busca do conhecimento. Além disso, se a preocupação de guardar e armazenar objetos não tivesse ocorrido, hoje não teríamos o conhecimento do passado.

sábado, 10 de outubro de 2009

Sol brinda o final da expedição de ZH na Lagoa Mirim


Foto Sérgio Olivera


Depois de 14 dias de expedição pela Lagoa Mirim, após sair de Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, a equipe de Zero Hora chegou no dia 9 de outubro, às 15h30min ,ao porto de Santa Vitória do Palmar. Era o fim uma aventura que percorreu águas uruguaias e brasileiras a bordo do barco que leva o sugestivo nome de Unidos no Amor, de propriedade dos pescadores jaguarenses, Mestre Ronaldo e sua esposa Rosa. Pela Zero Hora a estudante Mariana Müller, o repórter Carlos Etchichury e o fotógrafo Nauro Júnior relataram as belezas dessa imensa lagoa binacional que banha a região do extremo sul do país. Ainda em outro barco, acompanhando a expedição, os pescadores Reginaldo ( filho de Mestre Ronaldo) e Michele.
A chegada no Porto de Santa Vitória foi observada por mim e pelas lentes do fotógrafo Sérgio Olivera. No momento do desembarque percebi os semblantes cansados da equipe, mas que ao mesmo tempo demonstravam um ar de satisfação pela viagem. Era o final de um destino que penetra no âmago de cada um e faz perceber o quanto a natureza nos contempla com sua exuberante beleza. Juntaram-se a nossa recepção o secretário de Cultura, Kininho Dornelles e o diretor do Museu Municipal, o biólogo Jamil Corrêa Pereira, que com seus relatos sobre a cidade , enriqueceram as informações colhidas ao longo dessa aventura. Era chegada a hora de voltar, mas antes uma paradinha na sede da Sectur para visitar o museu e transmitir as última reportagem para a redação de Zero Hora.


Foto Guacira Santos
Equipe desembarca e conversa com o Kininho e Jamil




Foto Guacira Santos
Surpresa: a Dona Nina, do Porto, é irmã da Dona Rosa



Foto Guacira Santos
Ao fundo os barcos de Mestre Reinaldo e Reginaldo se preparam
para o retorno à Jaguarão



Foto Guacira Santos
Sua Majestade o Porto de Santa Vitória do Palmar

Foto Guacira Santos
Visita ao museu antes da partida para Porto Alegre



Veja tudo sobre a expedição de ZH
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